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Saiba as diferenças entre estresse, ansiedade e depressão

Saber identificar algumas diferenças básicas pode ajudar você a se decidir por buscar uma solução de verdade. Mas antes de qualquer coisa, tranquilize-se! A psicologia pesquisa, identifica e cuida disso pra você, e tudo voltará a ficar bem!

Sofrer as consequências de algum desses transtornos e ainda trilhar um caminho sem saber a direção correta é desalentador. Nesses casos é importante observar alguns detalhes sobre os comportamentos mais frequentemente associados a cada um deles.

Estresse

O estresse pode ser identificado como uma resposta do nosso corpo a algum acontecimento traumático, que pode ter ocorrido só uma vez, mas, se devido à gravidade do que aconteceu as emoções geradas forem muito intensas, a memória sobre isso permanecerá suscitando a reação do corpo por algum tempo. O estresse também aparece quando algo que nos é apenas inconveniente se repete por muito tempo.

Logo percebemos que o estresse está vinculado às coisas que estamos habituados a medir. Isso mesmo! Qual foi a intensidade? Quanto tempo? Quantas vezes? Traduzindo isso em fatos, a pessoa sofre estresse quando, por exemplo:

– perde alguém que ama – morte ou separação gera emoção intensa;

– todos os dias enfrenta longos engarrafamentos – algo apenas inconveniente que se repete.

Viu como dá pra medir? Essa é a dica! Certamente você poderá identificar outras situações práticas que acontecem na sua vida. Sejam perdas, ameaças ou inseguranças, há vários motivos para emoções intensas, até mesmo alguma coisa maravilhosa que te aconteça. Lembre-se também dos inconvenientes que se repetem, eles costumam ser sorrateiros, pois são situações costumeiras, que agem como um conta-gotas. Mesmo que seja gota a gota, sabemos que em algum momento o pote vai transbordar.

Ansiedade

A ansiedade não é uma resposta do seu corpo a algum evento traumático ou inconveniente. Isso já vimos que é o estresse. Ela é um estado de vigilância e atenção onde a pessoa assume postura preventiva frente a uma situação real ou imaginária de risco.

Na prática funciona da seguinte forma: se a pessoa se dá conta de que algo está pegando fogo, por um instante ela avalia tudo à sua volta e decide entre combater o fogo, pedir ajuda ou fugir. Neste caso a ansiedade deve perdurar até que a pessoa volte a se sentir segura ou tenha controle da situação. Curiosamente, basta que uma pessoa simplesmente imagine que está naquela situação de incêndio, ou seja, não há fogo, é apenas imaginação, e ela poderá assumir a mesma atitude de se colocar em prontidão para agir, igualzinho àquela pessoa que realmente percebeu o fogo. A diferença entre os dois estados de ansiedade é que o primeiro é benéfico e preserva a pessoa, já o segundo é absolutamente inútil, só que provoca o mesmo desgaste físico e mental.

Há diversos motivos para que uma pessoa sofra dessa ansiedade disfuncional, que confunde imaginação com realidade. Pode se tratar de algum fato específico que facilmente é identificável, mas pode ter motivações difusas e se tornar uma ansiedade generalizada, que é ativada frequentemente e até mesmo por eventos corriqueiros do dia a dia.

Depressão

Nada do que vimos até aqui se iguala à depressão, ela é bem diferente. Por definição é um transtorno do humor. É notório que a emoção passa a controlar a pessoa e a razão não manda mais em nada. A pessoa passa a vislumbrar perspectivas de vida sombrias e pessimistas. A tristeza e o desânimo se instalam e nada lhe traz motivação para agir. Isso costuma ser acompanhado por sintomas como dores no corpo, insônia, cansaço e perda de peso, associados a sentimentos de culpa, fracasso pessoal e pensamentos de ruína ou suicídio. Essa apatia pode durar alguns dias ou semanas. A repetição periódica desse estado de humor abala profundamente a pessoa, que por vezes se torna desesperançosa e por não encontrar significado na vida passa a percebê-la como um grande sofrimento, abrindo perigosamente a porta para uma real possibilidade de suicídio.

O estado depressivo pode ser desencadeado por perdas afetivas importantes, doenças diversas, morte, mas também pode ser atingido como resultado da exposição ao estresse recorrente ou ao estado de ansiedade disfuncional.

Esses dois últimos gatilhos da depressão devem ser interpretados como sinais de alerta, e combatidos de forma enérgica, evitando-se a sua evolução para estados psíquicos mais graves como o transtorno depressivo. Há diversas técnicas psicoterápicas que podem ser aplicadas pela psicologia com excelentes prognósticos de cura para a depressão, mas sempre será melhor se antecipar e não deixar que ela aconteça.

Valorize sua vida e aprenda a cuidar melhor de você

Há muito mais a se falar sobre esses três transtornos psicológicos, mas como o objetivo aqui é prestar um mínimo esclarecimento a quem se encontre em dúvida sobre o que tem vivenciado, especialmente nesse momento estressante de epidemia, concluo com as seguintes recomendações:


  • Não leia este texto como uma bula de remédio, senão você começará a sentir tudo o que leu, e isso não é razoável.
  • Se você se identificou com algum desses transtornos, consulte um psicólogo.

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