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Entenda como as emoções podem interferir na ansiedade

Para nos aprofundarmos nos circuitos da ansiedade veremos os efeitos da percepção e da emoção sobre nossas reações.

Todos nós estamos sujeitos a processos fisiológicos onde ocorre uma complexa participação de mediadores bioquímicos administrados por nosso sistema nervoso autônomo – responsável por reações involuntárias como a taquicardia, dilatação das pupilas, aceleração da frequência respiratória – em função daquilo que captamos no ambiente em que estamos.

O ciclo da ansiedade

Nosso organismo possui glândulas que produzem esses mediadores. Indiretamente elas sofrem influência de tudo aquilo que percebemos ao nosso redor.

A emoção potencializa nossas reações

Além disso nossa predisposição para voltar a atenção para coisas que ainda não ocorreram, ou seja, estão no futuro, em nossa imaginação, faz com que nossos pensamentos, emoções e sentimentos influenciem o sistema nervoso do mesmo modo que o ambiente o faz, agindo como gatilho que dispara a produção ou inibição desses mediadores bioquímicos.

Para aumentar ainda mais a complexidade do processo, as emoções que já fazem parte desse circuito acabam sendo bombardeadas pelos hormônios que elas mesmas ajudaram a produzir, criando um ciclo.

Com o ritmo acelerado dos tempos atuais corremos o risco de entrar em um ciclo repetitivo, onde as situações de atenção provocam a produção dos agentes químicos, que em seguida influenciarão nossas emoções, que por sua vez demandarão a mediação de uma nova carga de agentes químicos incitando cada vez mais os sistemas fisiológicos a prepararem nosso corpo para o combate.

Algumas vezes nossas emoções nos induzem a perceber as coisas de um modo diferente do qual elas realmente são. Além disso, a percepção é algo naturalmente aberto às sensibilidades pessoais.

Cada pessoa é um ser humano único

Agora que você já vislumbrou a complexidade do funcionamento dos circuitos da ansiedade, se torna mais fácil entender que ela é influenciada pelo funcionamento de glândulas e outros órgãos, pelo sistema ecológico em que se vive, pelas relações sociais, pelas memórias de ameaças que a pessoa sofreu, e até mesmo por convicções equivocadas que construiu sobre os fatos que experienciou.

Vemos que há uma grande variedade de fatores que tomam parte em cada acontecimento da nossa vida. Às vezes é necessária uma investigação minuciosa para que se determine o fator preponderante desse circuito. Só então será possível adotar ações assertivas.

Desacelere a ansiedade apurando a percepção

Se o sistema, à semelhança de uma roda d’água, que gira impulsionada por essa torrente de estímulos se mantiver acelerado por períodos prolongados, culminaremos em estados patológicos da ansiedade como os exemplos que aqui citamos:

  • surtos de descontrole emocional > qualquer discordância com alguém vira discussão;
  • crises de pânico ou medo intenso > subitamente sobrevêm pensamentos de morte ou desastres;
  • reações desproporcionais ao estímulo > um simples desapontamento provoca uma resposta furiosa;
  • reações sem que haja estímulo > alucinação relacionada ao ataque de insetos ou animais perigosos;
  • sobressaltos > tensão repentina em situações ou ambientes habituais e seguros;

Todos esses eventos possuem algo em comum: são decorrentes de percepções equivocadas que se manifestam em um momento qualquer, ainda que a situação a que a pessoa esteja sujeita seja relativamente simples e corriqueira.

Os comportamentos citados, soam como alarmes emocionais que denunciam um estado de ansiedade já instalado e que pode provocar prejuízos cada vez maiores à pessoa.

A quantidade é um fator decisivo

Antes que a ansiedade se instale é possível observar a ocorrência de diversas situações onde ela já se apresenta em níveis que não podem ser negligenciados. O que deve servir de parâmetro é a frequência com que essas situações acontecem.

Como na maioria das vezes os eventos provocam respostas que fazem parte das nossas reações normais, tendemos a não perceber que o número de vezes que acontece aumentou. Entretanto se experimentamos essas reações com muita frequência significa que a luz de alarme já acendeu.

É um bom momento para tomar a iniciativa, se antecipando aos danos que a ansiedade pode provocar, e buscar a orientação de um psicólogo.

Saiba mais sobre isso

Você poderá aumentar ainda mais a compreensão sobre ansiedade lendo os seguintes artigos:
Será mesmo verdade que a ansiedade é tão má assim?
Avalie se você manifesta algum dos sintomas de ansiedade, eles podem servir de alerta e conduzir à mudança de hábitos
Como enfrentar a ameaça da ansiedade que ronda ou que já se instalou e te faz sofrer

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